Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Está tudo pronto? Espero que estejam porque vou aqui contar uma história. Não, não vou nada, porque assim teria que escrever muito e não me está apetecer nada disso. Muito bem, eu queria vir aqui contar a história de talvez o único amor da minha vida, sim eu sei, que lamechas, mas a nossa vida também tem disto. Mas para contar essa tal história, teria que começar por algum lado, mas o problema é esse, eu não sei por onde começar. Agora vocês diziam “Começa pelo inicio”, mas o problema é que o inicio, foi algum tempo, antes de escrever estas tantas palavras. E que tal começar por “Era uma vez”, não, porque foram sete ou oito vezes, não me lembro muito bem, o que interessa é que foram mais de cinco, que namorei com esta rapariga de cabelos loiros, e de olhos verdes, de nome Inês. Desenganem-se, que não vou falar da Inês de Castro, vou sim falar da minha relação de anos com esta humana que parece ter roubado o meu coração durante muito tempo. Pronto, vamos lá ao que interessa. E se me permitem vou recuar no tempo uns setes anos atrás.
Decorria o ano de 2004 ou 2005, como podem ver a minha memória não é muito boa. Quando, naquela altura, andava na catequese, como a maior parte de vós. Quando num Sábado, normal como tantos outros, uma outra turma de catequese, juntou-se á minha, para termos uma aula todos juntos, quando vejo uma rapariga a sentar-se atrás de mim, parecia que era uma sereia acabada de sair do mar, era a rapariga que me chamava mais atenção naquele sala, e como miúdo que era, vocês sabem, senti logo á primeira vista, que viria a desenvolver laços de amor com a tal rapariga, e sabia isso porque o meu coração dava sinal ao bater mais depressa que um Ferrari, parece que ainda o sinto, quase a sair-me pela boca e o seu barulho “ Pum Pum Pum Pum”. Isto tudo aconteceu quando se dava a minha entrada para o 5º ano de escolaridade. Um ano passou, e os meus olhos só tinham o prazer de a ver de longe a longe, porque ela não andava na minha escola, e a única hipótese de a ver, era aos Sábados, e mesmo assim não era sempre. Pois bem, como disse, um ano avançou, e segui para o 6º ano, e para grande surpresa minha, a minha deusa, naquela altura, viria a vir para a minha escola, ainda me lembro do nosso primeiro encontro. A jogar futebol, e do nada, ela manda a bola contra mim, sem razão nenhuma, eu logo ali, vi que era para meter conversa comigo (convencido eu sei). Depois com alguma vergonha, e acreditem, uma grande vergonha, trocávamos mensagens, papeis, atrás de outros intermediários, mas um dia, não sei se fui a pedir, ou ela a pedir-me a mim, não interessa, mas começamos a namorar pela primeira vez.
Andamos uma semana, sem exagero, e já éramos namorados, mas tínhamos vergonha, e não dirigíamos a palavra um ao outro, nem sequer, nos olhávamos. Vá, sejam compreensivos, éramos de tenra idade, nem sabíamos o que era bem “namorar”, mas lá nos fomos arranjando. Claro que não sei se foi da primeira vez que namoramos, que demos o nosso primeiro beijo, no meio de tantos, perdi a conta, mas vamos avançar. Trocamos bilhetes, a vergonha foi passando, e o nosso amor foi aumentando. Sei que a desiludi muitas vezes, e ela a mim, mas foi isso que levou-nos, a namorar tantas vezes, mas o que importava, era que eu gostava dela, e ela de mim. Outro papel fundamental na nossa relação foi, termos nos encontrado na mesma turma de catequese, onde ás contas disto, fomos a um retiro juntos (para quem não sabe, é um fim-de-semana fora, só jovens) e foi desse retiro, que surgiu mais um namoro entre nós. Muito jovens, ficávamos lado a lado, perante as aulas de catequese, e até na missa, juntos fomos para um coro, e juntos permanecemos até hoje. Mas já lá vamos. Como vos disse, namoramos muitas vezes, mas na minha passagem do sétimo para o oitavo ano, houve uma distância entre nós. Creio que ambos já estávamos cansados do que nos estava sempre acontecer, daí a razão desta distância, mas mesmo assim íamos trocando poucas palavras por msn. Mas o mais provável viria acontecer. Tanto ela, como eu, saímos da catequese, e nunca mais nos vimos, e para grande tristeza minha, no nono ano, não consegui passar para o décimo, como tal, reprovei. E com tantas turmas, em qual é que eu fui calhar? Pois, na da Inês. Logo no inicio, havia um clima estranho entre nós, mas era normal, tanto tempo sem nos vermos, mas isso viria a desaparecer. Logo no primeiro período, namoramos mais uma vez, e viria a ser a ultima. Parecia que daquela vez ia funcionar, mas estava enganado. Trocamos beijos, abraços, palavras de amor, mas não viríamos aguentar, o forte passado que tínhamos, mas isso, não acabou com a nossa amizade, que se mantém até hoje. O ano lectivo passou, olhares foram trocando, até cheguei a levar um estalo (sim Inês, ainda me lembro), mas sei que não foi por mal. E para selar o nosso amor, numa aula de Matemática como qualquer outra, já sendo eu amigo dela, ela dá-me um último beijo, que eu senti, tal como ela, que foi um beijo de despedida. O ano terminou, e meses passei sem a ver, até que ela me fez uma visita, onde eu estudo, e acreditem que foi tão bom revê-la, e voltar a sentir o seu cheiro, a ver os seus cabelos, olhos, tal como na primeira vez que a vi.
E pronto, não existem palavras suficientes para descrever a minha história com esta rapariga, creio que nem uma imagem conseguia descrever tudo o que nós vivemos. Mas fica aqui a marca, que a vida da voltas e voltas, e existem coisas que nunca se esquece, e tu Inês és uma delas. Mas não me vou embora, sem deixar aqui algumas palavras da Inês em relação à minha pessoa:
“És tão engraçado, tens sentido de humor, és simpático, patético as vezes mas isso, fazias-me rir sempre, para mim és perfeito, sempre foste, desde que te conheci”